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Este post demorou para sair, e, honestamente, é porque eu não sabia como escrevê-lo.
Nosso primogênito, Isaac, tem quase 4 anos. Este ano, ele embarcou em uma jornada, e eu e Tathiana pegamos carona junto com ele. Tudo começou quando a coordenadora do maternal de sua escolinha, que achamos ser um amor de pessoa e respeitamos sua opinião, sugeriu que a psicóloga da escola observasse o Isaac. Estando nós de acordo, a psicóloga passou a observo-lo na sua interação com outras crianças ao longo de algumas semanas. Passado esse período, eu e Tathiana nos encontramos com ela. Recebemos a opinião de que valeria a pena consultar com um profissional clínico especialista em crianças. Em sua opinião, Isaac apresentava alguns sinais de risco potencialmente ligados a um transtorno ou algo ainda como autismo ou Asperger. Como poderia imaginar, não foi nada fácil ouvir isso. Já havíamos percebido que Isaac gosta, às vezes, de ficar sozinho e que, para certos comportamentos, é um pouco rígido. Porém, ouvir tal orientação de profissionais que parecem ter um desejo genuíno pelo bem do Isaac, nos motivou a buscar ajuda para nosso filho.
Desde então, Isaac começou sessões de terapia semanais com uma psicóloga /psiquiatra recomendadíssima em Belo Horizonte, especialista em intervenção precoce. Temos apreciado sua interação com ele, seu interesse em nos ajudar a achar outros meios de auxílio e sua instrução para mim e Tathiana sobre como interagir com Isaac. Temos nos sentido muito confiantes a seu respeito e sobre seu desejo de ajudar o Isaac a se desenvolver.
Em resumo, se Isaac realmente tiver algum atraso de aprendizado ou qualquer outra questão mais severa, temos nos acalmado pelo fato de que ele tem respondido bem à terapia e de que o consenso profissional é que seus sinais são leves. Todos comentam sobre como Isaac é inteligente (o que ele realmente é!), e sobre a sensibilidade que ele tem aos outros. Portanto, não há preocupações maiores sobre sua capacidade mental. Estamos agradecidos pelo fato de que os profissionais que atendem Isaac hesitam em definir um diagnóstico devido à sua tão jovem idade e sinais leves. Decidimos estabelecer apenas o português como idioma em casa, a fim de auxiliá-lo a ganhar mais independência na fala em preparo para o começo das aulas em 2017. E, por fim, Deus tem provido oportunidades inesperadas para que isaac interaja com outras crianças e tenha tempo fora do ambiente fechado de um apartamento correndo, brincando e até brigando com outras crianças. Ele continua usando fralda, portanto ainda há algumas coisas a serem trabalhadas, mesmo que seja questões a serem trabalhadas em nossos próprios corações, como pais.
Esta jornada já nos trouxe um grande desgaste tanto emotivo quanto financeiro. Entretanto, como qualquer pai faria, sacrificaremos qualquer coisa para o bem do nosso filho amado. Chegamos até aqui com uma perspectiva positiva para Isaac e seu futuro. Essa meninada de hoje geralmente superam as coisas facilmente, já os pais... não muito! Estes próximos 6 meses serão no mínimo interessantes, porque receberemos nossa nova filha aqui em casa e porque Isaac iniciará um ritmo escolar mais intenso. Desde já, agradecemos a todos pelas orações, desde já, pela próxima etapa de vida dos Elam aqui no Brasil.